terça-feira, 29 de setembro de 2009

Cinema de animação e super-heróis dominam a bilheteira americana em 2008

Feitas as contas, a animação e os heróis de aventuras lideraram em 2008 as bilheteiras nos EUA, com «O Cavaleiro das Trevas» a ultrapassar tudo e todos e a ameaçar roubar o trono de maior êxito de sempre a «Titanic».

Do lado dos super-heróis, os campeões foram «Batman», «Homem de Ferro» e o recém-chegado «Hancock», a anteceder o «Incrível Hulk». A estes há a juntar os heróis que não são nominalmente super, mas andam por lá muito perto: Indiana Jones, James Bond ou os protagonistas de «Wanted – Procurado» ou «Crepúsculo».

Do lado da animação, os troféus vão para «Wall.E», «O Panda do Kung Fu», «Madagáscar 2», «Horton e o Mundo dos Quem» e «Bolt», ou seja, para todos os cinco filmes animados por computador que os grandes estúdios norte-americanos lançaram em 2008.

Com 25 filmes a ultrapassarem a barreira dos 100 milhões de dólares, a verba «oficial» para um filme ser considerado um «blockbuster», não se pode dizer que tenha havido verdadeiras surpresas nas bilheteiras norte-americanas em 2008, com êxitos completamente imprevistos.

Apesar disso, houve performances surpreendentes, a maior das quais terá sido a do muito negro «O Cavaleiro das Trevas»: todos esperavam que o filme fosse um sucesso mas ninguém pensava que conseguisse subir tão alto, arrebatando mais de 500 milhões de dólares e colocando-se, em valores actuais, como o segundo maior êxito de sempre nos EUA, só antecedido por «Titanic».

Na verdade, foram os fracassos estrondosos aqueles que mais deram que falar, desde logo «O Acontecimento», «Max Payne», «Star Wars: A Guerra dos Clones», «Ficheiros Secretos: Quero Acreditar» ou «Speed Racer».

Mas também filmes que, mesmo ultrapassando a barreira dos 100 milhões de dólares, como «As Crónicas de Narnia: Príncipe Caspian» e «A Múmia: Túmulo do Imperador Dragão», foram considerados fracassos tendo em conta o elevado investimento e as receitas muito superiores dos filmes da mesma série que lhes antecederam.

Na contagem final ainda por fazer, há ainda que considerar que, em determinados filmes, a bilheteira internacional conta muito mais que a bilheteira doméstica: «Mamma Mia!», por exemplo, um sucesso relativo nos EUA, está a gerar verdadeiros fenómenos de público na Europa, nomeadamente em Inglaterra e Portugal.

Por outro lado, há que perceber que a rentabilidade de um filme tem principalmente a ver com aquilo que ele custou em relação ao que ele rendeu, e nesse sentido, por exemplo, os 83 milhões de dólares que facturou nas bilheteiras uma película que custou apenas 13 milhões, como foi o caso de «High School Musical 3: Último Ano», tornam-no um filme muito mais rentável que qualquer uma das películas que estão no Top-10 à excepção de «Crepúsculo».

Sem comentários:

Enviar um comentário