terça-feira, 29 de setembro de 2009

Ryan Reynolds vai ser Green Lantern



Após ter encarnado Deadpool em «X-Men Origens: Wolverine», Ryan Reynolds vai voltar à BD feita cinema no papel do super-herói Green Lantern, por cá conhecido como Lanterna Verde.

Bradley Cooper e Justin Timberlake eram os principais pretendentes ao papel do super-herói da DC Comics Green Lantern, mas o escolhido acabou por ser Ryan Reynolds, actualmente presente nas salas portuguesas como co-protagonista da comédia romântica «A Proposta» e o super-vilão Deadpool de «X-Men Origens: Wolverine».

O filme vai ser realizado por Martin Campbell («Casino Royale», «A Máscara de Zorro») e a rodagem deverá começar em Janeiro do próximo ano, em Sidney.

Green Lantern é um dos heróis mais emblemáticos da editora DC Comics, talvez o mais célebre a seguir o triunvirato de Super-Homem, Batman e Wonder Woman. O herói foi nominalmente criado em 1940 mas a versão mais famosa, e a que será adaptada ao cinema, é a que surgiu pela primeira vez em 1959, em pleno ressurgimento dos super-heróis da editora.

O herói é o piloto Hal Jordan, cuja coragem o leva a ser integrado num super-poderoso esquadrão de defesa da galáxia. Cada um dos seus membros é um Green Lantern, que possui um anel especial que confere os mais mirabolantes poderes a quem o possui. A tal Lanterna Verde de que as personagens recebem o nome é o aparelho que lhes recarrega periodicamente a energia dos anéis.

A escolha de Reynolds para o encarnar Green Lantern coloca à partida duas questões: continuará ele na corrida para o papel de outro dos grandes super-heróis da editora, Flash, de que era considerado uma das hipóteses mais prováveis?

E, principalmente, tendo em conta que já foi aprovado o filme protagonizado por Deadpool (um «spin-off» de «X-Men Origens: Wolverine») em que ele também teria o papel principal, conseguirá ele protagonizar um filme de super-heróis da Marvel e outro da DC, ou as rivalidades entre as duas editoras obrigarão à alteração de algum dos projectos?

Luís Salvado(sapo-cinema)

Quarteto Fantástico vai ter nova cara no cinema

À imagem do que sucedeu com Hulk, também o Quarteto Fantástico vai ter uma nova versão no cinema, fazendo tábua rasa dos dois filmes recentes dirigidos por Tim Story, «Quarteto Fantástico» e «Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado».

Apesar da recepção crítica favorável, o desapontante resultado de bilheteira da versão que Ang Lee fez do super-herói Hulk em 2003 levou a Marvel a apostar num novo filme sobre o gigante verde (um «reboot» para utilizar o termo agora corrente), mais focado na acção e alterando toda a equipa, incluindo os actores e o realizador. O resultado foi «O Incrível Hulk» mas os resultados de bilheteira acabaram por não ser muito mais favoráveis.

Agora, apesar dos resultados de bilheteira significativos de «Quarteto Fantástico» (155 milhões de dólares nos EUA) e da respectiva sequela, «Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado» (132 milhões de dólares), o facto da opinião generalizada ser de que os filmes são muito fracos e dirigidos a um público juvenil, terá levado a que a Marvel resolvesse fazer também um «reboot» à série sobre os quatro super-heróis.

Não é ainda líquido que os actores dos dois filmes anteriores não regressem aos respectivos papéis, embora isso não seja muito provável, mas está garantido que Akiva Goldsman («Eu Sou a Lenda») irá produzir a película e que o argumento será escrito por Michael Green, produtor executivo da série televisiva «Heroes».

Apesar de tudo, segundo a Variety, o projecto de fazer um filme só com o Surfista Prateado, que surgiu no segundo filme da série, parece permanecer uma prioridade para o estúdio.

Luís Salvado - 02-09-2009

Cinema de animação e super-heróis dominam a bilheteira americana em 2008

Feitas as contas, a animação e os heróis de aventuras lideraram em 2008 as bilheteiras nos EUA, com «O Cavaleiro das Trevas» a ultrapassar tudo e todos e a ameaçar roubar o trono de maior êxito de sempre a «Titanic».

Do lado dos super-heróis, os campeões foram «Batman», «Homem de Ferro» e o recém-chegado «Hancock», a anteceder o «Incrível Hulk». A estes há a juntar os heróis que não são nominalmente super, mas andam por lá muito perto: Indiana Jones, James Bond ou os protagonistas de «Wanted – Procurado» ou «Crepúsculo».

Do lado da animação, os troféus vão para «Wall.E», «O Panda do Kung Fu», «Madagáscar 2», «Horton e o Mundo dos Quem» e «Bolt», ou seja, para todos os cinco filmes animados por computador que os grandes estúdios norte-americanos lançaram em 2008.

Com 25 filmes a ultrapassarem a barreira dos 100 milhões de dólares, a verba «oficial» para um filme ser considerado um «blockbuster», não se pode dizer que tenha havido verdadeiras surpresas nas bilheteiras norte-americanas em 2008, com êxitos completamente imprevistos.

Apesar disso, houve performances surpreendentes, a maior das quais terá sido a do muito negro «O Cavaleiro das Trevas»: todos esperavam que o filme fosse um sucesso mas ninguém pensava que conseguisse subir tão alto, arrebatando mais de 500 milhões de dólares e colocando-se, em valores actuais, como o segundo maior êxito de sempre nos EUA, só antecedido por «Titanic».

Na verdade, foram os fracassos estrondosos aqueles que mais deram que falar, desde logo «O Acontecimento», «Max Payne», «Star Wars: A Guerra dos Clones», «Ficheiros Secretos: Quero Acreditar» ou «Speed Racer».

Mas também filmes que, mesmo ultrapassando a barreira dos 100 milhões de dólares, como «As Crónicas de Narnia: Príncipe Caspian» e «A Múmia: Túmulo do Imperador Dragão», foram considerados fracassos tendo em conta o elevado investimento e as receitas muito superiores dos filmes da mesma série que lhes antecederam.

Na contagem final ainda por fazer, há ainda que considerar que, em determinados filmes, a bilheteira internacional conta muito mais que a bilheteira doméstica: «Mamma Mia!», por exemplo, um sucesso relativo nos EUA, está a gerar verdadeiros fenómenos de público na Europa, nomeadamente em Inglaterra e Portugal.

Por outro lado, há que perceber que a rentabilidade de um filme tem principalmente a ver com aquilo que ele custou em relação ao que ele rendeu, e nesse sentido, por exemplo, os 83 milhões de dólares que facturou nas bilheteiras uma película que custou apenas 13 milhões, como foi o caso de «High School Musical 3: Último Ano», tornam-no um filme muito mais rentável que qualquer uma das películas que estão no Top-10 à excepção de «Crepúsculo».